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Teste

terça-feira, 30 de dezembro de 2008




A partir de um teste preparado pelo jornalista Ronald Villardo e publicado na revista
Junior de dezembro, este humilde escriba virtual e Papel fizemos uma adaptação para terras alencarinas. O propósito inicial do teste do Villardo era detectar o quanto hypado você é no verão carioca. O nosso é o mesmo, só que na alta temporada cearense. Pronto para a verdade? Então, pode responder!

1 - Você encontra aquele amigo na praia, sua primeira frase é:
a) E aí, a festa tava boa ontem?
b) Tá com personal?
c) Não fala nada. Às 10hs da manhã não há comunicação possível.

2 - Você chega na sua boate favorita e encontra uma fila que dobra o quarteirão. Você:
a) Pede para falar com o promoter ou com o RP da casa porque é amigo de Thalles, Monah, Leco, Carol, Neto e Eurico.
b) Dá aquela olhada para ver se tem algum amigo na fila.
c) Enfrenta a fila como qualquer mortal.

3 - Durante a semana, seu programa favorito é:
a) Comer caranguejo na Praia do Futuro, às quintas-feiras.
b) Ouvir música ao vivo no entorno do Dragão do Mar.
c) Ir ao Quiz do Arlindo às quartas-feiras

4 - Para você o melhor fim de noite é:
a) Brasão
b) Montecarlo
c) Caribe

5 - Na alta temporada em Fortaleza, você:
a) Se joga na noite, porque a cidade está cheia de turistas.
b) Prefere reunir os amigos mais próximos em casa, para evitar o calor senegalês.
c) Aproveita para curtir os amigos que moram fora e vem passar as férias na cidade.

6 - Entre as festas particulares que bombam na cidade, você recebe convites para...
a) Convites? Como assim convites? Você quer dizer cortesias?
b) Você não precisa de convites para ir ao ensaio da Cachorra nem ao Samba do Arlindo. São abertos ao público.
c) Tenta administrar seu tempo entre as festas de Miguel e Denise.

7 - Entre os amigos fortalezenses hypados que lhe dizem "oi" estão:
a) Pompeuzinho e Lalá
b) Daniel e Karine
c) Claudinho e Karim

8 - Na praia você come:
a) Caranguejo
b) Lagosta, do ambulante
c) Comer? Na praia eu só bebo

9 - A dica que você dá para os amigos turistas é?
a) Show de humor na Lupus Bier e forró no Pirata
b) Farra na Casa Alheia
c) Comece o dia na Marulho e termine no Baixo Aldeota

10 - Quem faz o som do seu verão?
a) O carimbó do Guga
b) O house de Renata Dib e Gilvan Magno
c) Ninguém é melhor que o playlist do meu Ipod

RESULTADO

Cada resposta A vale 1 ponto
Cada resposta B vale 2 pontos
Cada resposta C vale 10 pontos


100 pontos: Você é tudo! Quer ser meu amigo?
De 80 a 99 pontos: Você é legal
Entre 60 e 79 pontos: Você é gente boa, mas vacila...
Entre 40 e 59 pontos: Você é meio uozinho, né?
Entre 20 e 39 pontos: Jurimcristo?!
Entre 10 e 19 pontos: Ninguém fala mais com você
Menos de 10 pontos: Sai que eu tô com implicância!

Então é Natal...

sábado, 27 de dezembro de 2008


Yes, i´m back. It´s true. Depois de uma maratona de festas agrestinas, esse humilde escriba virtual está de volta ao Loft do Soho. No extenso programa da tour, celebração de bodas , festa de Natal, niver familiar, reencontro com amigos de adolescência e até um quase road-movie até o Sertão, às margens do Velho Chico, num roteiro que poderia ser assinado tranquilamente pela trinca Wenders/Waltinho/Karim. E com diálogos de Almodóvar, claro! Inacreditável. Para não dizer surreal.

Surreal porque, entre outras cositas, misturou trilha sonora que ia de Los Hermanos a U2 num calor que beirava os 40º; porque tinha no caminho personalidades hypadas como Valdjânia (próspera proprietária da boutique Vall Fashion) e Gilnete (concorrente da anterior e dona da Gill Modas); porque a viagem terminou com um lauto jantar à base de cuscuz com leite e macaxeira com carne assada; e por diálogos surreais em Pão de Açúcar (a cidade, não a formação geográfica carioca) entre os 3 amigos viajantes.

Quanto? Tem certreza?


Ainda às voltas com presentes de Natal atrasados? Que tal esse lançamento de uma empresa espanhola: a camisinha com fita métrica? Isso mesmo. O mimo recebeu o nome de Condometric e traz impresso no latéx da camisinha uma régua que indica até 25 centímetros. Além do modelo standart, já há opções no mercado com sabor de frutas. Prático, não é messss?

Como Assim, Bial?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mais uma
da série La Dolce Vita (via caixa de e-mails)

"Bom dia!
Sou da assessoria de imprensa de uma renomada empresa e gostaria de saber se você irá cobrir o verão em Punta Del Este, no Uruguai?
Esta empresa terá um lounge na praia e fará um almoço exclusivo para os jornalistas correspondentes do Brasil, a pergunta anterior é por este motivo.
Este almoço será para falar sobre alta renda.
Gostaria de saber se posso convidá-lo para esse almoço, em breve?
Aguardo resposta.
Obrigada
Sicrana de Tal"

Como diria um amigo meu ali, vocês não conhecem não: "É cortesia? as passagens vêm junto? Então tá bom..."

Maysa + Wintour + Agreste

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sinceramente, tenho muito medo do que possa acontecer quando a série Maysa estrear. Comigo, fique claro. Há mais de duas décadas sou encantado por essa moça. É uma das grandes paixões de minha vida. E não vai ser fácil visualizar o que sempre soube da vida dela. Mais ainda ao imaginar que é seu filho quem assina a direção da obra.

Corajoso, o moço. Por demais até. Com certeza não teria coragem de me aprofundar dessa maneira (me expor e expor a tal criatura) com alguém a quem estivesse tão intimamente ligado. Mas é de coragem que é feita a arte, disso não duvido. E talvez por isso ando tão afastado do "fazer artístico", digamos assim.

O fato é que a um tempo que temo a série, conto os minutos para que ela vá ao ar. Vá entender... Mas é assim mesmo. E não vou negar.

*****

Depois de meses de trabalho, vários deslocamentos geográficos e o auxílio luxuoso de vários amigos mui queridos, a mais nova cria da linha "Anna Wintour" está nas bancas - e rodando o mundo, of course.


E, muito franco, é um de meus maiores motivos de orgulho.Não foi fácil fazer (nunca é, na verdade). Mas dessa vez era arriscado por demais levar a idéia original a cabo, as chances de insucesso eram bem maiores que o admissível (para mim, pelo menos), mas ainda assim topei bancar a idéia e a produção. Enfim, deu-se. E sou muito feliz por isso.

*****

At last... Its Christmas! E luzes piscando nas sacadas, papais noeis em shoppings e amigos-secretos à parte, é tempo desse humilde escriba virtual voltar a seu Agreste natal. Pois é, mais uma vez arrumando as malas. Dessa vez, por causa das mais nobres e prazeirosas.

Uma temporada off the city se aproxima. Mas é coisa de Natal - e quanto a isso não se brinca. O último foi digno de esquecimento. Esse, espero - do fundo do coração - que seja digno das melhores lembranças.

Fama, Sucesso, Gramour..

Olhem só que legal

"BOA TARDE

SE PUDER, ENCAMINHE PARA SEUS CONTATOS DE JORNALISTAS

DEPOIS DE UM ANO GRAVANDO NO RIO DE JANEIRO NA REDE GLOBO, FINALMENTE POLLIANA ALEIXO, 12 ANOS (A DOMINIQUE DE BELEZA PURA ) QUE MORA EM CURITIBA, TIROU UM FIM DE SEMANA PARA PASSEAR.

A FAMILIA ESCOLHEU A CIDADE SERRANA DE MORRETES-PR (65 KM DE CURITIBA), SE HOSPEDARAM NA POUSADA HAKUNA MATATA
( www.hakuna.matata.com.br ) PARA RELAXAR. POLIANA APROVEITOU O DIA DE SOL NA PISCINA COM O IRMÃO ÁTILA.

NA NOITE DE SÁBADO ELA ASSISTIU A APRESENTAÇÃO DO Coral de Natal do Instituto Mirtillo Trombini, QUE AINDA SE APRESENTAM NOS DIAS 20 e 21 de dezembro, às 20h30.

NO DOMINGO POLLIANA FOI CONVIDADA PELO
RESTAURANTE MADALOZO PARA EXPERIMENTAR O TRADICIONAL BARREADO, MAS ELA CONFESSA QUE PREFERIU O PEIXE E O CAMARAO...

MAIS UMA DICA DE TURISMO!!!

BJ

FULANA DE TAL, ASSESSORA DE IMPRENSA"

Não entendeu nada? Eu explico. Esse é só um dos centenas de releases de sub-celebridades e wannabes fazendo de tudo para se manter "na mídia" que este humilde escriba virtual recebe diariamente. Há muito tempo que nem é mais mico, é King Kong messmo. E ainda tem gente que acha que o trabalho de um editor de caderno/revista de variedades é moleza...

Tipo Folhinha




Da série:
"De que adianta ser hypado se você não mora em São Paulo numa hora dessas?"



P.S.
À guisa de explicação, esse convite acaba de chegar em minha caixa de e-mail, com direito a pedido de RSVP. Como é que pode? Tsc, tsc, tsc...

Longa carta para ninguém

segunda-feira, 17 de novembro de 2008



Mais uma vez, afivelando malas. Agora, com destino às serras gaúchas, por conta de mais um momento Anna Wintour. Uma coisa pé na estrada, ou melhor, pé na sala de embarque, porque um pouco de glamour se faz necessário. É claro.

Correria muita, o que não chega a ser novidade ma vida desse humilde escriba virtual. Daí, a ausência longa por este blog. Tanto aconteceu nesse intervalo de tempo. Parece até ironia o post anterior sobre a ação dos minutos na nossa vida, c´est la vie. E ponto.

A última semana foi marcada pela celebração da vida de três dos meus mais queridos amores. Por aqui, Papel chegou aos 30 com fôlego de adolescente. Para ser exato, de recém-universitária (apesar de ter acabado de entregar seu Projeto de Graduação, outra razão para comemorar, claro). Mais não revelo nem sob tortura. Quem a conhece, sabe do que estou falando.

Ainda em terras alencarinas, Designer também inaugurou idade nova. Ambos com big festas em diferentes sedes do Séquito. Aos dois, meus agradecimentos por existirem e estarem sempre perto de mim. Sem vocês, meus caros, a vida seria muito mais difícil, não duvidem.

Em Sampa, meu Pequeno Príncipe também soprou velinhas. Pena não estar lá para ajudar a organizar a festa, decorar o salão, e dar um beijo bem grande no meu sobrinho afetivo favorito. Enfim, três grandes datas próximas. Motivos em triplo para se alegrar.

No mais, nada a declarar. Tentei postar um clipe do filme Mamma Mia, que diria mais que muito o que eu escrevesse. Como sou um semi-analfabite, claro que não deu certo. Anyway, o link está aí para quem se dispuser a assisti-lo:

http://www.youtube.com/watch?v=24x7CaeaL-4

Para quem não tiver tempo para fazê-lo, uma nesga de informação. A letra da canção do tal clipe, que eu adoro não é de hoje.

The Winner Takes It All

(ABBA)

I don't wanna talk, about things we've gone through
Though it's hurting me, now it's history
I've played all my cards, and that's what you've done too
Nothing more to say, no more ace to play

The winner takes it all, the loser's standing small
Beside the victory, that's her destiny

I was in your arms, thinking I belonged there
I figured it made sense, building me a fence
Building me a home, thinking I'd be strong there
But I was a fool, playing by the rules

The gods may throw a dice, their minds as cold as ice
And someone way down here, loses someone dear
The winner takes it all, the loser has to fall
It's simple and it's plain, why should I complain

But tell me does he kiss, like I used to kiss you
Does it feel the same, when she calls your name
Somewhere deep inside, you must know I miss you
But what can I say, rules must be obeyed

The judges will decide, the likes of me abide
Spectators of the show, always stay in line
The game is on again, a lover or a friend
A big thing or a small, the winner takes it all

The winner takes it all


Pronto, no mais é só torcer para o final feliz de sempre. Que ele há de chegar

Tempo, tempo, tempo

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Curioso parar para olhar o efeito do Tempo nisso que chamamos de vida. Claro que quase nunca nos pertimimos fazer isso. São tantos os compromissos diários, tantas as obrigações, tantos os "que fazer", tantas farras para desopilar (porque ninguém é de ferro!), que somos cotidianamente atropelados por ele, Mr. Chronus.

E não se trata aqui dos efeitos físicos do passar das horas, dias, meses, anos. Não. Isso é assunto para outro post (talvez, um dia!). Falo do quanto nossa vida muda, nossas relações e expectativas em relação a mudam, dos que foram, dos que chegam. Do verdadeiro liquidificador sentimental a que somos submetidos e nem sempre nos damos conta. Afinal de contas, sobrevivemos.

Poucas vezes, muito poucas geralmente, pertimimo-nos nos aperceber da capacidade que temos em mãos de dar guinadas (profissionais, sentimentais, etc). E somos apenas levados. Noutras, quase sempre, praticamente nos recusamos a ver/sentir/constatar o que mudou, o que nos foi tirado, o que nos foi concedido.

Falo isso porque hoje me apercebi do tanto que mudamos (eu e meu Séquito, se é que tenho um) nos últimos 12 meses. Mudamos tanto, acreditem-me! E a tentativa de ressuscitar o Quiz, desta vez no Arlindo´s Place, é prova disso. Talvez até da irreversabilidade da passagem dessa ilustre divindade. Da epifania que é termo-nos.

De antemão, aviso que não se trata de um post saudosista. Até é, mas não só. Faço um convite, na verdade. Olhe para quem você era no fim de outubro de 2007, meros 12 meses atrás. Onde morava, o que esperava da vida, quem amava, em quem confiava, quem acreditava lhe amar, quem cria que confiava em você, quem você queria perto, o que queria da vida.

Feito? Olhe-se agora. Sei que não mudou tudo, mas com certeza mudou muito. Nova temporada, como costumamos dizer entre nós, elenco vivo de uma série a ser feita um dia, sabemos.

Conclusões? Nenhuma, claro. Importante é se aperceber de. E saber que somos bons, para nós inclusive. Here, there, & everyhere, com fé em Deus. É só a vida. E ela é assim mesmo.

"Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo..."
(Oração ao Tempo, Caetano Veloso)

P.S. Esse post é humildemente dedicado a Essencial, Papel, Beto Stein, Belatrix, Cinéfilo, Hype, Dentista, Margot, Designer, Guabs. Gente que sabe do que esse humilde escriba virtual está falando.

Espumantes no Sertão

segunda-feira, 13 de outubro de 2008


"Juazeiro nem te lembras desta tarde
Petrolina nem chegaste a perceber"
O Ciúme (Caetano Veloso)


Quase 15 dias desconectado em casa. Muito a contar. Tempo escasso. Urgência de tudo. Ao trabalho então.

Fim de semana em pleno vale do São Francisco. Sol e frio de sertão brabo. Em trânsito entre Petrolina e Juazeiro. Uma ponte a ligar afazeres e diversão. Reencontro com velhos amigos com quem antes partilhara highlands escocesas e pubs londrinos. Existe definição mais apropriada para a globalização?

Sob o sol de quase 40º, espumantes, muitos espumantes. Brut, demi-sec. E passeios por vinhedos, vinícolas, parrerais de cabernets, tempranillos, shiraz. Intervalo mais que necessário depois de duas semanas de Anna Wintour. Surrealismo é pouco, quase nada.

Começo de uma semana que se anuncia das mais agitadas. Lançamento de revista nova, com potencial polêmico. Chegada de revista polêmica, com potencial de novidade. Profissional em evidência, super exposição à vista, a contra-gosto. Fazer o quê? Seguir, há que não se parar nem temer desafios.

Demonstração de afetos a granel. Da Metropolis, Papel sossega angústias, antecipa o devir. Cinéfilo compartilha com Papel a celebração. E Trivial é só notícia boa pelo Msn. Daqui, Beto Stein cerca de atenção, amor e apoio. Designer compartilha sucessos dele e brinda aos deste humilde escriba virtual. Margot faz convites, Essencial vibra com as novidades, Hype faz coro e aplaude, empolgado.

Bom estar entre vocês. Podem acreditar.

Então...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008


Fazer o quê?

Sobre Cristais e Encantos

quarta-feira, 24 de setembro de 2008



Às vezes,
encantos se quebram. Sem nenhuma razão aparente, motivação nem fim. Apenas se quebram, como se predestinados a. Nessa hora nada pode impedi-los de cumprir sua sina. Que não chega a ser maldita, apenas é. E como tal deve ser levada a cabo.

Quebraram-se, pronto. E, qual cristal, não adianta tentar remendá-los. Uma vez despedaçados, nunca mais recuperados. Porque muito de sua graça, na verdade, consistia no mistério de sua unidade intocada. Quer aceitemos isso ou não (eles pouco se importam com nossas vontades).

Raramente nos damos conta do fato de imediato. Demoram uns tempos. O incômodo disfarçado nos rodeando, espreitando qualquer passo em falso, uma nesga de oportunidade para dizer a que veio. Mas o encontro com os cacos dos encantos quebrados sempre se dá. Irremediável.

O que fazer a partir desse momento é que são elas. E que ninguém ouse perguntar a esse humilde escriba virtual uma resposta. Corre o sério risco de fazer cumprir a sina de algum encanto ainda intocado.

Mal Necessário

segunda-feira, 8 de setembro de 2008



Por vezes,
muitas, a coisa está tão na nossa cara que a gente não se apercebe. Este fim de semana deu-se isso comigo. Ainda na ressaca de não ter conseguido comprar os ingressos para o show de Madonna no Brasil (Rio ou Sampa, whatever), pensava no quão trangressora e importante a moça era para o mundo, para várias mudanças de comportamento que passamos nas últimas duas décadas, para visibilidade da causa gay, para a sexualidade em tempos de tanto caretismo, para sua capacidade de se reiventar eternamente, etc etc etc.

Mais. Do quanto pretendo chegar aos 50´s com sua boa forma, elasticidade e senso de juventude. Enfim, de como ela é verdadeiramente foda e fundamental para se entender esses tempos em que vivemos.

Qual o quê? Como sempre o tal do destino zombra da minha cara, samba na minha carcaça. Panoramicante. Meio que por acaso, e sem fazer grandes esforços, fui assistir ao mais novo show de Ney Matogrosso, Inclassificáveis, último sábado. E lá, qual epifania, deu-se o óbvio. Que Madonna que nada, rapaz! Trangressor mesmo e fundamental é esse homem, que, aos 67 anos (eu disse 67 anos, quase a idade do pai desse humilde escriba virtual), rebola no palco com a graça, a vitalidade e o corpão que muitos garotões de 20 e poucos nem sonham em ter.

E, história por história, foi ele quem requebrou (literalmente) em pleno regime militar, desafiando os limites do que era masculino e o que era feminino, mostrando o quanto essas convenções eram (e são) frágeis. Transbordando lascívia no palco. Insinuando, se insinuando, fazendo a platéia desejá-lo e demonstrando desejo pela platéia.

Platéia, por sinal, múltipla, diversa. Senhoras muitas, muitos casais de rapazes, casais de moças, sem preocupação de demonstrar seus afetos publicamente. Território longe de guetos - tradicionais ou não. Quer algo mais libertário que um show desses?

Hoje, há pouco, conversei com ele. E não é que o filho da puta conseguiu se superar e me surpreender mais uma vez?!Além de estar espetaculosamente lindo e sedutor na entrevista, a certa hora, me olhou dos olhos, e me tirou de tempo.

Havia perguntado se ele acreditava em relacionamentos monogâmicos duradouros (um assunto que bombou entre nós nos últimos dias). Ele olhou para mim sério e respondeu: "Sim, eu acredito". Parou e manteve o olhar nos meus olhos por cerca de 15, 20 segundos. Em seguida, sorriu de esguelha e completou, mantendo o olhar (safado) no meu: "Só não consigo ter". E sorriu.

Filho da puta! Aí eu pergunto: alguém aí ainda precisa de Madonna?




Mal Necessário
(Composição: Mauro Kwitko)

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou as mesas e as cadeiras desse cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.

Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.

Definições

segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Então, é isso...




Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa.
E então minha alma servirá de abrigo”.

Mário de Andrade




"Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou"

Fernando Pessoa





" Eu sou um preto norte-americano forte Com um brinco de ouro na orelha Eu sou a flor da primeira música A mais velha A mais nova espada e seu corte"

Caetano Veloso




"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar."

Caio Fernando Abreu


"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo"

Clarice Lispector



"Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

(...)

Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província".

Álvaro de Campos


A Mal Amada!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008



Sem comentários!

Tá na cara!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008



Não resito a
essa homenagem a Papel.

Ambas as tirinhas são a sua cara, desisti de escolher uma delas para postar. Vão as duas.



How to be Anna Wintour

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Depois de dias de silêncio involutário, Lingua está de volta. O motivo da mudez temporária não poderia ser mais bacana: maratona de atividades diversas onde "alguma coisa acontece no meu coração", como já disse o baiano cosmopolita. Ou não.

Para começar, festa hypadíssima de um publicitário bem sucedido. Tudo perfeito. Companhia de amigos mais que queridos, temperatura por volta dos civilizados 17ºC, descolados a granel, set-list surreal (onde nenhuma canção era conhecida deste humilde escriba virtual e sua equipe, mas bombavam todas entre os demais convidados), pista animada, iluminação indiretíssima, bartenders e drinques inusitados e, claro, baldes e mais baldes de cervejas imersas em gelo espalhados pelo salão.

Depois, o inacreditável curso How to be Anna Wintour e mais horas e horas de interação com alguns dos tops do magazine world deste País. Luxo & Riqueza é pouco. Mas não o bastante, porque teve o encontro num bar em Moema com Bileo, aqueles que souberam amar. E dizer que fomos elgantemente expulsos do lugar não dá nem de longe a dimensão do que aconteceu ("E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou").

Domingo de compras e footing pela Oscar Freire e Morumbi Shopping. Uma coisa: mudando o closet e aproveitando a virada da estação. Na verdade, nada mais que se reinventar, porque já passa da hora. Sim, my dear Margot, atendi a seus apelos e comecei a ajustar meu guarda-roupa a meu novo fitness. Mas que isso, ao novo Lingua - que de fato existe, e precisou desses dias na paulicéia desvairada para ajustar contas consigo mesmo, redefinir rotas, ter conversas reveladoras com os do coração e entender que tudo está no seu lugar. E eu no comando (sem que isso pareça surpreendente).

Seguiram-se mais 48 horas entendendo como será meu ofício no devir. O futuro bate à porta e antecipar-se a ele é missão dos que pretendem sobreviver às mudanças sem dor - pelo contrário, gozando delas (não falei que reiventar-se é palavra de ordem?) .

Ainda alguns encontros, muitos desencontros (como é possível que uma operadora de celular não pegue justamente lá, a tal "maior metrópóle do País?). Rodada de pôquer com Cinéfilo, Dentista, Bileo, Dadinha e Xand. Com o príncipe rondando ao redor. E depois o retorno a terras alencarinas, porque a saudade também é grande e também são muitos os afetos e amores por aqui.

É isso, estou de volta, morrendo de vontade de rever minha família da Terra de Iracema. E mais Lingua que nunca.

PS. - Gente, o que houve com o Diego? Não consigo acreditar em tamanha urucubaca...
PS2. - E a Madonna, hein? Não sei vocês, mas eu já separei meus humildes 600 cream-crakers para estar na pista vip...

Luxo & Riqueza

sábado, 9 de agosto de 2008

Diego Hypólito obtém nota 15,950 em sua primeria apresentação olímpica e garante vaga na final do solo nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Yes!!!!!

Eterna Musa

sábado, 26 de julho de 2008


Deixaram meu
nome na lama. Acusado de furto até fui, dentre outras calúnias.

Pobres mortais.

Não sabem
o que é criar expectativas - e alimentá-las. Tsc, tsc, tsc.

Então, para
os incrédulos, os despeitados, os maledicentes e, principalmente, para aqueles que sempre acreditaram que este humilde escriba virtual manteria sua palavra e publicaria o combinado, eis a letra da canção gestada a trocentas
mãos e línguas, ode à nossa musa Papel.

Ainda à espera
que Jorge Vercilo a musique e dê-lhe métrica e compasso.

Nossa parte
está feita. Minha parte está feita.

Que Caetano
a regrave daqui a alguns anos, em suas releituras do pop que campeou a primeira década do século XXI.



Estados Unidos da América
ou A Mulher Que Amo






Não me acusa,
Minha musa.
Voz de Vanuza,
Cabelos de Medusa,
Mata Hari da Yakuza,
Minha Lusa.


Eu e você na mesa com Danuza
Comendo filé de merluza
Ao som de Cazuza
No bistrô de Inês Fiuza

Enquanto nosso olhar se cruza
Tira esse batom Made in USA,
Faz cara de confusa
E posa de reclusa

Mulher de luz difusa
Quero que me seduza
Deixa que eu te reluza
Arranca essa blusa,
Por favor não me recusa

Me conduza,
Me introduza,
Sua intrusa.
Perdoa esse velho Zuza
que só te abusa
E não te lambuza

Eu não te disse, Aretuza?
Você é muito confusa!

Saudade



"Josué, faz muito tempo que eu não mando uma carta para alguém. Agora estou mandando essa para você...

Você tem razão. Seu pai ainda vai aparecer, e com certeza ele é tudo aquilo que você disse que ele é.

Eu lembro do meu pai me levando na locomotiva que ele dirigia. Ele deixou eu, uma menininha, dar o apito do trem a viagem inteira. Quando você estiver cruzando as estradas no seu caminhão enorme, espero que você lembre que eu fui a primeira pessoa que te fez pôr a mão num volante.

Também vai ser melhor você ficar aí com seus irmãos. Você merece mais do que eu tenho para te dar. No dia que você quiser lembrar de mim. dá uma olhada na fotinha que a gente tirou junto.

Eu digo isso porque tenho medo que um dia você também me esqueça.

Tenho saudades do meu pai. Tenho saudades de tudo...

Dora"

Carta de despedida de Dora para Josué em Central do Brasil.

Circuladôdefulô

sexta-feira, 25 de julho de 2008

"O maior problema de namorar um bissexual é que o risco de ser traído é duas vezes maior".

"Tão engraçado vocês falando que fizeram amor ontem à noite enquanto eu nem trepar trepei!"

"Passado de namorado é igual a cozinha de restaurante: melhor não conhecer. Conhecendo corre-se o risco de perder a vontade de comer".

"Por que ainda tem gente que insiste nessa besteira de não pegar o mesmo cara mais de uma vez? Ainda mais aqui!".

"Melhor que dormir juntos é acordar juntos. O que hoje em dia é muito difícil".

" - Deixa de ser grosso!
- Tanta gente iria reclamar que não valeria a pena"

"- Tem alguma coisa em você que me soa familiar...
- Vai ver você está no meu Msn de pegação faz é tempo..."

"- Eu costumo comer massa em casa.
- Ah, você costuma comer Márcio em casa?"


Nota do Editor: Frases ouvidas na última semana em espaços de convivência social, coletadas aleatoriamente para futura pesquisa acadêmica.

No words

To Paper, with love
Tongue

Cena, Alteridade e Pertença

terça-feira, 8 de julho de 2008

Assistir a Jogo de Cena, novo filme de Eduardo Coutinho com estréia prevista em Fortaleza para esse fim de semana, é uma experiência reveladora. Ao menos o foi para esse humilde escriba virtual. Perceber-se enganado pela narrativa do mestre, permitir-se ser ludibriado pelos depoimentos das atrizes/entrevistadas, reconhecer-se na farsa proposta pelo longa-metragem é dar-se conta do quanto somos atores e platéia todo dia em nossas relações.

Afinal, até que ponto somos o que dizemos ser? Até onde são nossas as venturas e desventuras que gozamos e sofremos? E, tão importante quanto, o outro com quem convivemos é de fato o que se mostra? O que nos faz ver? Oh, mundo cheio de questionamentos esse.

Talvez todo o interesse de Jogo de Cena tenha sido reforçado pelos conceitos de Alteridade e Sentimento de Pertença que por acaso voltei a estudar no último fim de semana. O primeiro refere-se à capacidade de se colocar no lugar do Outro e de sua condição. Parece difícil e pode até sê-lo de se exercer na vida, mas não o é no plano das idéias. É só lembrar do seguinte trecho de Para Maria da Graça, texto genial de Paulo Mendes Campos: “Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?".

O segundo conceito trata do sentir-se pertencente a, do fazer parte de (grupo social, tribo, região, nacionalidade etc). Os dois, para mim, são fundamentais no viver o cotidiano. Tanto saber do outro quanto conhecer o que me é, de onde sou, a que comunidade pertenço. E nela reconhecer sinais. Os meus e os dos outros. Em nenhum momento afirmo ser fácil essa prática. Agora mesmo estou às voltas com tentativas de. Em processo. Mas é de processos que a gente é feito, não é? Talvez, na verdade, devesse assistir a Jogo de Cena mais uma vez...

Nova Temporada

terça-feira, 1 de julho de 2008


É assim.
Do nada, melhor dizendo, como se fosse do nada, um observador mais atento percebe que as coisas mudaram. É que no motocontínuo "disto que chamamos descuidadamente de vida" às vezes falta tempo para se dar conta que, sim, ela corre, por mais incrível que isso possa parecer.

Na verdade, nessa suposta série televisiva em que somos protagonistas chegou nova temporada. Não que essa novidade seja inteiramente positiva. Mas o é por si só. É sinal inequívoco que temos mais dramas pela frente. E por favor não entenda drama na acepção mexicana do termo, e sim em seu sentido grego de origem: ação.

Esse humilde escriba virtual não fala por si só. Refere-se aos rumos de muitos de nós, que estamos pertos e compartilhamos núcleos dramáticos. Como em qualquer seriado congênere, alguns personagens se foram, ficaram devidamente guardados na etapa passada. Outros ganham agora lugar na trama, novos pares se formam, outros casais se desformam, novos conflitos se dã. Mas é aí que, por mais doloroso que seja, impera a graça, o sentido.

É saber-se vivo. Com direito a novas falas, cenas, seqüências, situações. Sobreviventes de edições passadas, de emoções passadas. Superando obstáculos e dispostos a enfrentar os próximos. Aptos a desfrutar das próximas delícias, sabores, encantamentos e felicidades.

O permanecer no ar mostra que ainda nos há público. Mais. Indica que ainda somos. E seremos. Verbo conjugado em carne no presente, passado e muito futuro. Quem sabe até num longa-metragem algum dia.

E as Carries, Brians, Heides, Mikes, Samanthas, Izabels, Charlottes, Teddys, Adrianas, Emmets, Mirandas, Alessandras e tantos outros que habitam em nós - e entre si interagem - ganham novas possibilidades de um final feliz. Até um próximo episódio ou outra temporada.

SOBEM CRÉDITOS

Luxo & Riqueza

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Precisa comentar?

BAR x ACADEMIA

sábado, 14 de junho de 2008



Uma amiga minha ali, vocês não conhecem não, enviou a seguinte mensagem, via e-mail, esta semana, pontuando as vantagens que os bares levam sobre as academias. O texto é espirituoso e divertidíssimo.


BAR x ACADEMIA

Por que será que é mais fácil freqüentar um bar do que uma academia?
Para resolver esse grande dilema, foi necessário freqüentar os dois (o bar e a academia) por uma semana. Vejam o resultado desta importante pesquisa:

Vantagem numérica:
- Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho.
1x0 pro bar.

Ambiente:
- No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
- Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia.
2x0.

Amizade simples e sincera:
- No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda. Os companheiros do bar só reparam seo seu copo está cheio ou vazio.
3x0.

Compaixão:
- Você já ganhou alguma saideira na academia? Alguém já te deu uma semana de ginástica de graça?
- No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja 'por conta'.
4x0.

Liberdade:
- Você pode falar palavrão na academia?
5x0.

Libertinagem e democracia:
- No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, ou do mesmo sexo, problema é seu...
- Na academia, dividir um aparelho dá até briga.
6x0.

Saúde:
- Você já viu um 'barista' (freqüentador de bar) reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite?
7x0.

Saudosismo:
- Alguém já tocou a sua música romântica preferida na academia? É só 'bate-estaca', né?
8x0.

Emoção:
- Onde você comemora a vitória do seu time?
No bar ou na academia?
9x0.

Memória:
- Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos?
10x0 pro BAR!!!

Portanto, se você tem amigos na academia, repasse este e-mail para salvá-los do mau caminho!
PS: Você já fez amizade com alguém bebendo Gatorade???

Acontece que, à guisa de provocação, enviei o tal e-mail para um amigo meu ali, vocês também não conhecem não, que é um verdadeiro adicto de academia. O resultado não poderia ser outro. Retornou-me a mensagem rebatendo cada ponto, e revertendo o score. Observem no texto abaixo.
Obs. As considerações do meu amigo adicto estão em azul.

Vantagem numérica:
- Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho.
1x0 pro bar.
Existem mais pessoas feias do que bonitas. Por isso mais bares do que academias.
Argumento descartado.

Ambiente:

- No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja.
- Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia.
No sexo fica todo mundo suando, carregando peso e fazendo cara feia. O que é melhor sexo ou bar?
Argumento descartado.

Amizade simples e sincera:

- No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda. Os companheiros do bar só reparam se o seu copo está cheio ou vazio.
3x0.
Tem coisa que mais acontece em ar do que comentar (leia-se fofocar mesmo!) sobre as mesas ao lado?
Argumento descartado.

Compaixão:

- Você já ganhou alguma saideira na academia? Alguém já te deu uma semana de ginástica de graça?
- No bar, com certeza, você já ganhou uma cerveja 'por conta'.
4x0.
Eu já ganhei 6 meses grátis. Ea gora vou ganhar 1 ano!
Argumento descartado.

Liberdade:
- Você pode falar palavrão na academia?
5x0.
Mais e é muito! Deus sabe como eu xingo esses malditos gostosos mais fortes que eu!
Argumento descartado.

Libertinagem e democracia:
- No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, ou do mesmo sexo, problema é seu...
- Na academia, dividir um aparelho dá até briga.
6x0.
Já dividi aparelho com pessoas INTERESSANTÍSSIMAS! Fora a espiada e o famoso "toque" que te pedem pra dar.
Argumento descartado.

Saúde:
- Você já viu um 'barista' (freqüentador de bar) reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite?
7x0.
Mas foi muito! Além de problemas c/ colesterol e demais consequências do trio bebida/fumo/sedentarismo.
Argumento descartado.

Saudosismo:
- Alguém já tocou a sua música romântica preferida na academia?
É só 'bate-estaca', né?
8x0.
E tem que ser romântica? Vivem tocando milhares das minhas músicas favoritas na academia. Ao contrário de certos bares onde você tem que ouvir até uma cantora-ali-vocês-não-conhecem-não que eu detesto.
Argumento descartado.

Emoção:
- Onde você comemora a vitória do seu time? No bar ou na academia?
9x0.
Futebol é tão 90...
Argumento descartado.

Memória:
- Você já aprontou algo na academia digno de contar para os seus netos?
10x0 pro BAR!!!
Hahahahahahahhahahaa
Já aprontei coisas que seria ABSOLUTAMENTE indigno de contar pros netos. O que é bem melhor.
Argumento descartado.

Portanto, se você tem amigos na academia, repasse este e-mail para salvá-los do mau caminho!
E quem disse que eu quero sair do mau caminho? Ele é que é o bom! :)


Então tá.....

Brainstorming

segunda-feira, 2 de junho de 2008


Para Léo,
porque ele merece, porque está começando nova fase profissional, porque tem um filho lindo, porque tem uma mulher deslumbrante (em todos os sentidos), porque é um pai maravilhoso, porque é meu irmão, e porque eu o amo demais.


Super poderes

sexta-feira, 30 de maio de 2008

E depois são os mutantes da Record que têm super poderes.

O que dizer então de Silvia (Alinne Moraes), que, calçando uma bota cano longo e salto agulha, escalou sem esforço algum um muro de mais de 3 metros de altura e de lá pulou, lépida e faceira, pisando no chão de barro sem torcer o pé, quebrar o salto de 20 centímetros, nem esboçar qualquer dor muscular com o impacto?

Não sei não, só tenho certeza de uma coisa. A essa hora, Linda Carter deve estar muito puta da vida. Mas muito mesmo.

Mas não é só. A cena mais sem noção da última década é resultado da megalomania e egolatria de um certo novelista ali, vocês não conhecem não. Ver Alinne Morais descendo as escadas da mansão de sua mãe, contida em uma camisa de força e dispensando a ajuda dos enfermeiros da clínica psiquiátrica para onde será levada não é suficiente. É preciso que ela pare no meio da escadaria, vire para a câmera e diga, lânguida: "Estou pronta para meu close-up, senhor Maia"

Isso é o que eu chamo de traduzir erudição para a cultura pop. Porque, afinal de contas, todos os telespectadores entenderam que a cena era uma referência à seqüência final do clássico Sunset Boulevard (Crepúsculo dos Deuses, no Brasil), dirigido pelo mestre Billy Wilder em 1950, onde a personagem de Gloria Swanson desce a escadaria de sua mansão decadente contida em uma camisa de força, ao lado de dois enfermeiros da clínica psiquiátrica para onde será levada, vira para a câmera e diz, lânguida: "All right, Mr. DeMille, I'm ready for my close-up".

Sinceramente, é um pouco demassss para este humilde escriba virtual. Pior ainda se levarmos em conta o infame trocadilho sonoro entre dois diretores em questões (Maia e DeMille). Tsc, tsc, tsc.

Hieroglífica!


Não tivesse Fortaleza um calor senegalês, ousaria dizer que vivemos dias típicos das quatro da Big Apple. Sim, talvez pela proximidade da estréia mundial da versão cinematográfica das venturas de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, o espírito das moças se fez presente como nunca entre nós. E não posso dizer que isso seja ruim.

Almoços para repercutir dates. Possibilidades de encantamento. Encontros quase casuais para apresentar pretês. Jantares no Loft. Aconselhamentos via ligações telefônicas. Necessidade de escrever sobre e para. Dates here, there & everywhere. To everyone. Unbelieveable!

E mais. Reviravoltas profissionais. Mudanças de rumo inusitadas. Convites. Encontros e despedidas. Fim de relacionamentos. Um grande almoço com o todo o Séquito agendado. Turning points dignos de roteiros. Diálogos que caberiam na série. Nessa e em outras a que costumamos assistir. E viver.

Enfim, se Carrie faz a linha egípcia na capa de um suplemento ali, vocês não conhecem não, é porque ela sabe que pode. E merece. Assim como se j0ga no MB de vez em quando, faz compras na 5ª Avenue alencarina e almoça no Expand. Não entendeu?!, então esquece.

A SEMANA

segunda-feira, 19 de maio de 2008


Não é por nada não, mas parece que Fortaleza virará um deserto de almas no próximo fim de semana. Todos, eu disse TODOS, já estão afivelando malas para se jogar na maior parada gay do mundo, em Sampa. Isso sem contar com os que já estão por lá. Fácil não vai ser mesmo.

***

E a semana começa com a promessa de nova maratona de Queer as folk. Agora com a segunda temporada. Apesar de apontar problemas na estrutura dramática da série, de achar algumas situações insustentáveis, de ver excessos e exageros... adoro! Não posso fazer nada, acho que eu estou viciado e não vejo a hora de ter em mãos os próximos DVDs.

***

Mas antes tem pré-estréia do novo Indiana Jones, que eu não perco por nada. Sou fã dos filmes desse rapaz desde o primeiro (lá se vão alguns anos) e a expectativa para o quarto (e provalvemente último) título é grande. Então, se algum leitor desse humilde espaço virtual estiver interessado em me acompanhar é só entrar em contato.

***

Na seqüência, show do Monobloco no Beach Park (ok, não precisa lembrar que também vai rolar - na mesma noite - Araketu e Skank). O fato é que tem música eletrônica e as piscinas e o povo. Um alento mínimo no meio do tal deserto de almas.

***

E o que mais aparecer, estamos na área. Thats it!

Love is in the air



Atende pelo nome de Lorenzo Martone, o executivo de publicidade brasileiro que está namorando o estilista Marc Jacobs. Na foto acima, o casal está saindo da festa de aniversário de Valentino, que rolou na última sexta-feira (infelizmente devido a problemas da agenda eu não pude prestigiar o moço).

Então, Martone tem 34 anos e os dois se conheceram em Paris, há dois anos, numa academia de ginástica (alguém ainda tem dúvida de como é importante malhar??). Na época não rolou nada porque ambos estavam compromissados com outros rapazes (finos, sem dúvida!). Esse ano se reencontraram em New York e decidiram dar uma chance ao amor.

Como diria um amigo meu ali, vocês não conhecem não, eu acho digno. E desde já Lingualguma torce pelo casal, que parece ser super fofo. Uma coisa assim, Love is the air...


P.S. Em tempo, Jacobs nasceu no dia 9 de abril, mesmíssima data que esse humilde escriba virtual. Só que uma década antes, muito franco. O zodíaco com certeza deve explicar nossas afinidades...

Feliz cumpleaños

sábado, 10 de maio de 2008


Há quem
desconfie de relações que comecem virtualmente. Esse humilde escriba virtual era uma dessas pessoas. Até que o destino me deu provas do contrário. Por mais incrível que isso possa parecer.

Corria o ano da graça de 2004 e, por um acaso desses da vida, estava eu em trânsito. Entre Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro, quatro meses longe de terras alencarinas. A trabalho. E, à guisa de diversão, recorria ao mundo virtual para saber do povo daqui.

Não é nada disso que vocês podem estar pensando. É mais simples. Blogs, como este. Lia vários, diariamente. Até porque tinha um, de nome igual, relato da jornada. Mas isso não interessa. O que conta é que esbarrei no blog dele. Não lembro como, mas esbarrei.

E foi amor à primeira leitura. Apaixonei-me por sua verve precisa. Suas redundâncias. Sua escrita fluída. Passamos a nos corresponder. Coment para cá, email para lá. E nos demos. Antes mesmo de nos vermos pessoalmente, encontramo-nos.

Juntos estamos até hoje. Depois de alguns hiatos, claro, até porque eles se fazem precisos para afirmação do afeto que nos une. Hoje, é o dia em que ele nasceu. Por isso este post. Hoje é o dia em que o mundo ficou melhor, acreditem-me.

Melhor porque ele está por aqui. Melhor porque ele é bom. Melhor porque ele é nosso, do Séquito (por mais que insista em se manter ausente, por vezes). Melhor porque ele é do Mundo. E é Hype. Hipadíssimo para ser preciso.

Melhor porque finalmente ele está começando a deixar os 20' e já já vai se aperceber que a vida é bem mais que isso. Melhor porque ele é e está. E vai continuar sendo. Por muito tempo.

Feliz cumpleaños, hermoso compañero.



Dona Omara...

segunda-feira, 5 de maio de 2008


"Dona Omara... Dona Omara...."

****

Sim, a maratona do feriadão começou com show do Orixá Vivo e da Diva Cubana na melhor das companhias. Espetáculo impecável, repertório preciso e precioso, emoção à flor da pele. Não fosse a platéia, mal-educada como poucas, teria sido tudo perfeito. Mas as pessoas ainda insistem em se comportar como se estivessem em uma churrascaria, berrando as letras das canções, ignorando grosseiramente a atração que não conhece e deselegâncias que tais. Fazer o quê? Vale a beleza da arte compartilhada, que é o fica para quem interessa.

****

"Dona Omara..."

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Sim, teve a chegada do Primo. Reencontro emocionado depois de uma década de ausência. E quilômetros de conversa para colocar em dia, mesmo que desde o primeiro momento, todo o tempo parecesse que nunca houvéssemos nos separado. É incrível como os verdadeiros afetos conseguem sobreviver a ocasionais ausências físicas, ao distanciamento profissional. E isso é o que há de mais legítimo, não duvido.

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"Dona Omara, volte..."


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Sim, houve farras homéricas, como reencontros desse porte merecem. Teve praia na quinta-feira, tardinha. Teve reunião das Angels na sexta (depois de longo tempo de estio). Teve reunião do Séquito no sábado (que deveria ser breve, como sempre, e terminou no Loft às 6 da manhã, só para variar um pouco). Teve despedida no domingo.

****

"Volte, Dona Omara, volte..."

****

Sim, as saias justas. É claro que se fizeram presentes. Muitas, de vários modelos e inspirações. Cortes, cores, tecidos. Mas justas. Todas. E uma certeza confortadora. Se até o Orixá Vivo tem que vesti-las, por que não nós, pobres mortais nesse mundo de meu Deus? É isso.

****

"Dona Omara, volte. Volte Dona Omara..."

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Até porque, para bom entendor, meia citação basta.

No words

terça-feira, 29 de abril de 2008


"É dificil aprisionar os que têm asas"

Caio Fernando Abreu in Os dragões não conhecem o paraíso.:

Ô inveja!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rufus Wainwright (dir.) e seu namorado alemão Jorn Weisbrodt (esq.) na 19ª cerimônia anual de entrega dos GLAAD Media Awards, que premiam retratos de gays e lésbicas na indústria do entretenimento.

P.S. Sinceramente, não sei até agora se a inveja é do Rufus ou do Jorn. Mas que é inveja é!

Requiem

sexta-feira, 25 de abril de 2008


Ele se foi.
Tento não chorar, mas dói. Insuportavelmente. Há em mim agora a falta, que ele já faz. Parece que não aconteceu, clichê dos clichês, mas fato. Egoisticamente, é muito doloroso perder alguém por quem se sente amado. Alguém que fazia questão - por palavras e atos - que você se sentisse amado.

Choro, paro, vejo o cartão do último Natal na minha frente. As letras quase começando a desaparecer em cima do papel. Como ele, que de alguma maneira começou a. Mas só de alguma maneira.

Recordo os abraços, sempre fortes, intensos. As conversas, muitas, freqüentes. Tento esquecer que Ele surgiu do nada, insuspeitado, ao saber de minha dor quase indizível. E se fez presente. E se recusou a aceitar menos que o máximo para aplacá-la. E foi, efetivamente, em busca de soluções.

Me permitirei ser só gente nesse momento. Sentir falta do ombro que eu tive, dos olhos que me olhavam com uma admiração desmedida (e imerecida), do incentivo persistente, da inteligência ímpar, da interlocução fluída e surpreendente.

O sentimento de orfandade é uma das definições possíveis para essa dor que sinto agora. Talvez porque sempre me chamasse de "meu filho", quando me encontrava. Talvez. Muito dessa cidade perdeu o encanto, muito de mim perdeu o encanto. Mas volto ao cartão natalino, profético. Como um recado póstumo a me dar uma última missão e alimentar forças para superar essa dor.

Siga em paz meu comandante. Fique com Deus meu Presidente.

Vizinhança

quinta-feira, 24 de abril de 2008
Há muito reparara no novo morador do 1301. Vizinhos de porta. Encontros acidentais no elevador. Impossível ignorar-lhe a beleza, a virilidade, os músculos proeminentes saltando da camiseta suada no retorno da academia.

Definitivamente, não seria exagero dizer que ele merecia estrear a nova campanha internacional da aussieBum. E foi assim que muitas vezes sonhou com ele, usando as cobiçadas peças da marca de underwear australiana. Mas não era de ficar só no sonho. Isso nunca. Tinha que rapidamente encontrar uma maneira de se aproximar do objeto de desejo. E realizar as fantasias que já não lhe deixavam dormir em paz. Ardente.

O problema é que o outro não era dado a intimidades com estranhos. Sério. Poucos sorrisos. Pelo menos era o que aparentava nos tais rápidos encontros que o destino lhe propiciava na caixa metálica a caminho do apartamento. Dos apartamentos. Infelizmente.

A atenção que recebia era no máximo um "Boa noite" ou um protocolar "Tudo bem?". E só. Nada mais. Mas a voz... ai a voz. Era mais que suficiente para incendiar o que já estava prestes a explodir. Panoramicamente.

Uma noite, tomou coragem. Muniu-se de uma xícara estilosa, recém-comprada numa loja super hypada, e seguiu determinado em direção ao apartamento do vizinho. Tocou a campainha e esperou, coração na boca, xícara à altura do peito, alguma resposta. Até que a porta abriu e ele estava lá.

- Pois não.
- Oi, eu sou seu vizinho aqui do 1302...
- Sim, claro, lembro de você.
- É que eu tô precisando de um favor de vizinho, sabe como são essas coisas...
- Sem problema. Em que posso te ajudar?
- É que fui pego desprevinido e queria saber se você tem um pouco de KY para me emprestar...

Love Affair

Ressaca moral

quarta-feira, 23 de abril de 2008




No words.

Tudoaomesmotempo

domingo, 20 de abril de 2008


A vida é um
mundo de possibilidades. Sempre. Só é preciso ter olhos para ver. E isso é a melhor parte dela.

Engano é acreditar num único caminho, em uma só direção. Bobice!, como diria o mestre Guimarães Rosa.

Por isso, justamente por isso, a tarde de risadas do sábado. A concessão de dormir um sono tranquilo em detrimento da balada planejada. E o domingo ensolarado na véspera do feriado.

Precisa de mais?

Aviso aos navegantes

quinta-feira, 17 de abril de 2008



Àqueles que visitam
o Língua, um aviso. O post Deu-se o óbvio, que está publicado abaixo, não é circunstacial. E sim meramente ilustrativo.

Sorry, a quem pensou diferente. A idéia nunca foi essa.

Deu-se o óbvio



Não deixa de ser engraçado quando suspeitas se confirmam. Nem deixa de ser doloroso do mesmo jeito. Às vezes, mesmo percebendo todas as evidências. Ali, às claras, à vista. A confirmação do fato em si faz baquear. Aumenta os batimentos cardíacos. Acelera a respiração. Súbito esfriar de mãos.

Pára-se. Respira-se. E segue-se em frente. Não há outro caminho. Só a necessidade urgente de redesenhar rotas, reposicionar-se frente a. O que nunca é fácil. Mas alguém um dia ousou dizer que seria?

Sobre feridas e cicatrizes



"
Todo amor busca compensar um desastre amoroso passado;
somos feridos antes da batalha
".

A afirmação é de Contardo Calligaris, em sua coluna na Folha de S. Paulo de hoje. Quem conhece esse humilde escriba virtual sabe que sou é siderado por esse moço. Há muito. Quase sempre parece que estou em seu consultório (é que além de colunista, ele é psicanalista e doutor em psicologia clínica), e que ele acaba de ouvir meu relato sobre os últimos acontecimentos disso que chamamos, sem nenhum cuidado, de vida.

Como se não bastasse, ele vai além. Analisando o novo filme de Wong Kar-wai (outra de minhas paixões), Um Beijo Roubado, Calligaris afirma:

"Os quatro personagens principais são todos inválidos da guerra das paixões. Ficam num canto lambendo suas feridas ou saem pelo mundo afora para esquecê-las ou cicatrizá-las, mas, de qualquer forma, para eles, um novo amor é a tentativa de compensar um desastre passado, que os deixou sem chaves para as portas da vida".

Pano rápido.

E eu (me) pergunto: se assim é, o que dizer daqueles que escolhem justamente a 'impossibilidade de' para compensar seu desastre anterior ou curar suas feridas? Como entender alguém que insiste em amarrar esperança naquilo que se sabe decepção certeira? É possível acreditar que o vazio de promessas que nunca serão cumpridas consiga suprir o vazio deixado no coração (que ainda assim pulsa, sangra e dói?)

Silêncios. E nenhuma certeza. Só a vontade de não precisar.