Assistir a Jogo de Cena, novo filme de Eduardo Coutinho com estréia prevista em Fortaleza para esse fim de semana, é uma experiência reveladora. Ao menos o foi para esse humilde escriba virtual. Perceber-se enganado pela narrativa do mestre, permitir-se ser ludibriado pelos depoimentos das atrizes/entrevistadas, reconhecer-se na farsa proposta pelo longa-metragem é dar-se conta do quanto somos atores e platéia todo dia em nossas relações.
Talvez todo o interesse de Jogo de Cena tenha sido reforçado pelos conceitos de Alteridade e Sentimento de Pertença que por acaso voltei a estudar no último fim de semana. O primeiro refere-se à capacidade de se colocar no lugar do Outro e de sua condição. Parece difícil e pode até sê-lo de se exercer na vida, mas não o é no plano das idéias. É só lembrar do seguinte trecho de Para Maria da Graça, texto genial de Paulo Mendes Campos: “Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?".
Previlégio não só ver o filme com vc, mas principalmente dividir as inquietações que ele nos provoca..
Nossa vida é um grande processo recheado por um milhão de outros menores. Alguns com gosto de chocolate, outros, de jiló..Faz parte.
8 de julho de 2008 às 14:22
Eu ainda quero ver o filme. Segunda feira foi ontem...
8 de julho de 2008 às 16:48
Quem escreveu esse mensagem acima foi Papel e não Cinéfilo.
8 de julho de 2008 às 16:50