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No words

terça-feira, 29 de abril de 2008


"É dificil aprisionar os que têm asas"

Caio Fernando Abreu in Os dragões não conhecem o paraíso.:

Ô inveja!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rufus Wainwright (dir.) e seu namorado alemão Jorn Weisbrodt (esq.) na 19ª cerimônia anual de entrega dos GLAAD Media Awards, que premiam retratos de gays e lésbicas na indústria do entretenimento.

P.S. Sinceramente, não sei até agora se a inveja é do Rufus ou do Jorn. Mas que é inveja é!

Requiem

sexta-feira, 25 de abril de 2008


Ele se foi.
Tento não chorar, mas dói. Insuportavelmente. Há em mim agora a falta, que ele já faz. Parece que não aconteceu, clichê dos clichês, mas fato. Egoisticamente, é muito doloroso perder alguém por quem se sente amado. Alguém que fazia questão - por palavras e atos - que você se sentisse amado.

Choro, paro, vejo o cartão do último Natal na minha frente. As letras quase começando a desaparecer em cima do papel. Como ele, que de alguma maneira começou a. Mas só de alguma maneira.

Recordo os abraços, sempre fortes, intensos. As conversas, muitas, freqüentes. Tento esquecer que Ele surgiu do nada, insuspeitado, ao saber de minha dor quase indizível. E se fez presente. E se recusou a aceitar menos que o máximo para aplacá-la. E foi, efetivamente, em busca de soluções.

Me permitirei ser só gente nesse momento. Sentir falta do ombro que eu tive, dos olhos que me olhavam com uma admiração desmedida (e imerecida), do incentivo persistente, da inteligência ímpar, da interlocução fluída e surpreendente.

O sentimento de orfandade é uma das definições possíveis para essa dor que sinto agora. Talvez porque sempre me chamasse de "meu filho", quando me encontrava. Talvez. Muito dessa cidade perdeu o encanto, muito de mim perdeu o encanto. Mas volto ao cartão natalino, profético. Como um recado póstumo a me dar uma última missão e alimentar forças para superar essa dor.

Siga em paz meu comandante. Fique com Deus meu Presidente.

Vizinhança

quinta-feira, 24 de abril de 2008
Há muito reparara no novo morador do 1301. Vizinhos de porta. Encontros acidentais no elevador. Impossível ignorar-lhe a beleza, a virilidade, os músculos proeminentes saltando da camiseta suada no retorno da academia.

Definitivamente, não seria exagero dizer que ele merecia estrear a nova campanha internacional da aussieBum. E foi assim que muitas vezes sonhou com ele, usando as cobiçadas peças da marca de underwear australiana. Mas não era de ficar só no sonho. Isso nunca. Tinha que rapidamente encontrar uma maneira de se aproximar do objeto de desejo. E realizar as fantasias que já não lhe deixavam dormir em paz. Ardente.

O problema é que o outro não era dado a intimidades com estranhos. Sério. Poucos sorrisos. Pelo menos era o que aparentava nos tais rápidos encontros que o destino lhe propiciava na caixa metálica a caminho do apartamento. Dos apartamentos. Infelizmente.

A atenção que recebia era no máximo um "Boa noite" ou um protocolar "Tudo bem?". E só. Nada mais. Mas a voz... ai a voz. Era mais que suficiente para incendiar o que já estava prestes a explodir. Panoramicamente.

Uma noite, tomou coragem. Muniu-se de uma xícara estilosa, recém-comprada numa loja super hypada, e seguiu determinado em direção ao apartamento do vizinho. Tocou a campainha e esperou, coração na boca, xícara à altura do peito, alguma resposta. Até que a porta abriu e ele estava lá.

- Pois não.
- Oi, eu sou seu vizinho aqui do 1302...
- Sim, claro, lembro de você.
- É que eu tô precisando de um favor de vizinho, sabe como são essas coisas...
- Sem problema. Em que posso te ajudar?
- É que fui pego desprevinido e queria saber se você tem um pouco de KY para me emprestar...

Love Affair

Ressaca moral

quarta-feira, 23 de abril de 2008




No words.

Tudoaomesmotempo

domingo, 20 de abril de 2008


A vida é um
mundo de possibilidades. Sempre. Só é preciso ter olhos para ver. E isso é a melhor parte dela.

Engano é acreditar num único caminho, em uma só direção. Bobice!, como diria o mestre Guimarães Rosa.

Por isso, justamente por isso, a tarde de risadas do sábado. A concessão de dormir um sono tranquilo em detrimento da balada planejada. E o domingo ensolarado na véspera do feriado.

Precisa de mais?

Aviso aos navegantes

quinta-feira, 17 de abril de 2008



Àqueles que visitam
o Língua, um aviso. O post Deu-se o óbvio, que está publicado abaixo, não é circunstacial. E sim meramente ilustrativo.

Sorry, a quem pensou diferente. A idéia nunca foi essa.

Deu-se o óbvio



Não deixa de ser engraçado quando suspeitas se confirmam. Nem deixa de ser doloroso do mesmo jeito. Às vezes, mesmo percebendo todas as evidências. Ali, às claras, à vista. A confirmação do fato em si faz baquear. Aumenta os batimentos cardíacos. Acelera a respiração. Súbito esfriar de mãos.

Pára-se. Respira-se. E segue-se em frente. Não há outro caminho. Só a necessidade urgente de redesenhar rotas, reposicionar-se frente a. O que nunca é fácil. Mas alguém um dia ousou dizer que seria?

Sobre feridas e cicatrizes



"
Todo amor busca compensar um desastre amoroso passado;
somos feridos antes da batalha
".

A afirmação é de Contardo Calligaris, em sua coluna na Folha de S. Paulo de hoje. Quem conhece esse humilde escriba virtual sabe que sou é siderado por esse moço. Há muito. Quase sempre parece que estou em seu consultório (é que além de colunista, ele é psicanalista e doutor em psicologia clínica), e que ele acaba de ouvir meu relato sobre os últimos acontecimentos disso que chamamos, sem nenhum cuidado, de vida.

Como se não bastasse, ele vai além. Analisando o novo filme de Wong Kar-wai (outra de minhas paixões), Um Beijo Roubado, Calligaris afirma:

"Os quatro personagens principais são todos inválidos da guerra das paixões. Ficam num canto lambendo suas feridas ou saem pelo mundo afora para esquecê-las ou cicatrizá-las, mas, de qualquer forma, para eles, um novo amor é a tentativa de compensar um desastre passado, que os deixou sem chaves para as portas da vida".

Pano rápido.

E eu (me) pergunto: se assim é, o que dizer daqueles que escolhem justamente a 'impossibilidade de' para compensar seu desastre anterior ou curar suas feridas? Como entender alguém que insiste em amarrar esperança naquilo que se sabe decepção certeira? É possível acreditar que o vazio de promessas que nunca serão cumpridas consiga suprir o vazio deixado no coração (que ainda assim pulsa, sangra e dói?)

Silêncios. E nenhuma certeza. Só a vontade de não precisar.

Maratona

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A maratona de aniversário, que havia começado com o show do Capital Inicial no sábado anterior, teve festa surpresa na quarta, espetáculo Renato Russo na quinta + festa de abertura do CineCe + MB, encontro com a Cineasta na sexta, feijoada do Fortal com Adriana + festa no Loft no sábado e show do Rei no domingo. M-A-R-A-T-O-N-A messss!

Mas uma das coisas mais bacanas que aconteceram foi mesmo o espetáculo do Renato. Recomendo a qualquer criatura com um mínimo de sensibilidade. Impossível não se emocionar ao ver a atuação impecável de Bruce Gomlevsky no palco. Difícil não acreditar que é o líder da Legião Urbana em cena, e não um ator.

E teve a companhia preciosa de Heide, também. Diferencial fundamental para a graça da noite. E compartilhar de lágrimas. Muitas. Abundantes. Que choramos sem vergonha, porque sabíamos do outro. E sabíamos que era felicidade. De alguma maneira.

Biscoito Chinês





Frase do dia: "O problema de namorar alguém bissexual é que você tem duas vezes mais chances de ser traído".

E não é?

Ciranda natalícia

sexta-feira, 11 de abril de 2008



Adriana trouxe a manhã. Cedinho ainda, quase madrugada, ligou para desejar felicidades. E começou a iluminar o dia.

Papel apagou o cinza que se anunciava. Também ligou cedo, mas nem tanto, e convidou para um café de celebração. Como se pouco fosse, veio com mimos. Duas pérolas há muito desejadas.

Margot, auspiciosa, encheu-se de graça e levou quilos dela (a graça) para um almoço comemorativo. Mas calou-se quanto ao surpresa que urdia.

E o tempo correu. Às vezes arrastado, noutras célere ao longo do dia. Colorido por pequenas epifanias e alguns silêncios. Designer ligou, Heide fez-se de morta e nem deu notícia. Assim como Little Help. Muito estranho. E foram vários scraps, emails, parabéns pelo Msn (como fez o Ator) e interurbanos. Como a da Atriz, direto da Terra dos Marechais e a de Hippie e Tangerine, da Terra da Garoa.

A Chefe deu presente e levou champanhe para o brinde na Redação. Supra-sumo de zelo, sofisticação e elegância. E Hype fez posts. Dois. Lindos. Só para deixar claro que a distância ocasional não implicava esquecimento. Adriana voltou a ligar várias vezes, sempre celebrando.

Até que chegou a hora do jantar em petit comité, no restaurante charmoso na Praia de Iracema, conforme planejado. Doutor ofereceu uma providencial carona e completou a farsa. Uma ligação da Caçula, na Terra dos Orixás, deu a distração necessária para que o desvio de caminho não levantasse suspeitas. E não levantou.

Surpresa de verdade, assim como a festa armada numa das sedes do Séquito, o Arlindo´s Place. E todos estavam lá, cúmplices. Na melhor das intenções, mas cúmplices. Margot e Designer não só tramaram tudo, como contaram com a colaboração de todos para a execução. Em silêncio e na minha total ignorância.

Teve balões de ar espalhados pelo bar, presentes muitos, torta de morango inacreditavelmente deliciosa, várias e várias e várias cervejas, trilha sonora especial. E todos juntos transbordando afetos, amor, felicidade. Fazendo inesquecível a chegada desse humilde escriba virtual às três décadas e meia.

Esse post é pretensioso. Muito. É mensageiro do desejo de agradecer a todos pelo cuidado, presença e existência. Adriana, Margot, Designer, Doutor, Doutora, Cinéfilo, Papel, Dentista, Heide, Little Help, Assessora, Danuza, Filósofo Indie, Carioca, Damian & Husband, DJ, Sambista, Arquiteto, Peter (que não estava lá mas também fez um post-homenagem em seu blog) , Tropa da Elite, Argonauta, Seja Dois, Petroleiro e família, Chefe (que manteve o sigilo da surpresa, mesmo sabendo de tudo), Crítico de Música...

Enfim, do fundo do meu coração, muitíssimo obrigado por tudo . Sem medo de ser piegas, vocês são fundamentais!


Virada

terça-feira, 8 de abril de 2008


Enfim, deu-se.
Mudança irreversível e esperada. Irremediável. E bem-vinda.

A partir de agora, outro. Mesmo sendo o mesmo. Ou parecendo ser.

Esperança que outras três décadas e meia estejam pela frente. A me aguardar. De preferência mais.

E vontade de ser mais feliz. Sempre. O que quer que isso signifique.

Ai que ódio!

domingo, 6 de abril de 2008


Que ele a traía,
ela já desconfiava. E não era de hoje. Há muito, colecionava evidências. Mas não quis se precipitar, esperava por algo contundente. Uma situação que não lhe desse chances de negativas, nem de desculpas. Na verdade, temia por sua reação nesse momento, quando ele chegasse. Mas ansiava por ele.

E ele chegou. Fim de tarde, indo para a casa de uma amiga, beira-mar. Quase bateu o carro ao vê-lo, mãos dadas com uma sirigaita, flanando pelo calçadão. Como se dois namorados fossem. E eram. Ela não teve dúvidas.

Estacionou o mais rápido que pôde. Carro enviesado roubando duas vagas. Não quis nem saber. Bateu a porta e rumou ao casal de enamorados apressada, olhos esbugalhados de ódio. Turbilhão de sentimentos e idéias ao mesmo tempo. Cérebro remoendo. Coração disparado.

Enfim, alcançou-os. Parou determinada em frente ao casal. Ele, impávido, como se nada acontecesse. A sirigaita, sem entender nada. Súbito, veio-lhe o insigth. Do nada, dirigiu-se a ele e, chamando-o pelo apelido íntimo inquiriu, impositiva: "Fulaninho, preciso de 20 reais, me arranje aí".

Ele não titubeou, sacou rapidamente a carteira, tirou duas notas de R$ 10 e entregou. Ante o olhar atônita da outra. Ela, vingada, pegou o dinheiro e seguiu. Que não era mulher de armar barraco no meio da rua.

Saiu vingada. Estava certa que o havia colocado numa sinuca de bico. Queria ver como ele explicaria à sirigaita porque lhe havia dado o dinheiro de imediato. Sem questionar nada. Ah, o doce sabor da vingança! Quase gargalhou quando chegou no carro e pensou como ele estaria naquele momento. Lance genial no jogo de xadrez que havia armado!

A alegria só findou dias depois. Quando, no salão de beleza, entre uma e outra escovada nas madeixas, soube de como ele havia dado a volta por cima - magnificamente - da saia justa que ela havia lhe causado.

Na conversa apreendida ao pé de ouvido, escutou a história das duas manicures do lado (certamente amigas da tal zinha). Quando ela findou o encontro fortuito e saiu vitoriosa calçadão afora, a sirigaita virou para ele e perguntou: "Mas o que foi isso? Por que você deu dinheiro àquela mulher? Quem é ela? Você a conhece?".

E ele, na maior tranquilidade: "Amorzinho, essa é uma doida que sempre que me encontra pede dinheiro. E eu lá vou contrariar doida! Dou o dinheiro na hora! E me livro dela".

"Ai que ódio!", foi só o que lhe coube pensar. E sair do salão, escova pela metade, o mais rápido que pôde.

É ou não é?




...A vida,
Senhor Visconde, é um pisca - pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.
pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre - perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?

(Trecho de Memórias de Emília, de MonteiroLobato, recebido de presente da Cineasta, por email, nesta manhã)

4 minutes

quinta-feira, 3 de abril de 2008



Sorry, babies, mas consegui o mais novo videoclip da moça (que já vazou na web). Escândalo! Eu, humilde e particularmente, adorei. Ambos estão espetaculares. E o que é essa coreografia?, peloamordequalquercoisa! Certeza que já nesse fimde, vai ter quem a domine e a execute nas pistas das boates locais.

Não sei não, mas tem Angel ali que já está ensaiando. Imagino quando tocar no Loft. Tsc, tsc, tsc.

Anyway, Just enjoy it!

P.S. Meta número zero da pessoa: chegar ao 50´s com essa forma física, domínio do corpo e disposição. Será?!