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É chegada a hora

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Tem uma hora na vida em que se faz necessário encarar medos. Que hora é essa não faço idéia, só sei que vez por outra ela aparece e se impõe. Às vezes, é em situações profissionais. Noutras, são os medos d´alma, das coisas do coração. E tem os medos físicos mesmo, os medos sexuais (vai dizer que não tem?), o medo da finitude, os medos enfim.

Esta semana, um mero telefonema pôs-me frente à frente com um medo que há mais de uma década faço questão de deixar trancado - bem trancadinho - no armário. Por duas outras ocasiões, esquivei dessa "hora H" aos 47 do segundo tempo. Dessa vez, quase cai na tentação de fazê-lo novamente. Mas achei que poderia ser a última oportunidade de resolver essa situação e decidi enfrentá-lo.

Fácil não está sendo. Nem será quando a hora chegar, tenho certeza. Mas decisão tomada não se volta atrás. Por isso aceitei o convite (na verdade um desafio) e semana que vem embarco rumo à Cidade Maravilhosa.

Não, o medo a que me refiro não é o de voar. Pelo contrário, adoro a sensação de estar no ar. Nem é o temor à violência da capital. Nada disso. É de outra natureza o medo em questão.

É o medo de não saber como agir, de perder o raciocínio, de suar frio nas mãos, de engasgar a voz, de falhar por completo ao ser apresentado a.

É o medo de não saber como me comportar ao tê-la ali, à mão, ao lado, palpável. É o medo de fazer tudo errado ao vê-la jogar os cabelos para trás, sorriso escorrendo malicioso dos olhos.

E dirigir-lhe a palavra como se fosse nada fazê-lo, qual ato cotidiano? O que lhe dizer? O que perguntar para alguém que há muito se admira? Que há muito é companheira de dores, paixões, desditas e alegrias? Como se comportar perante um orixá vivo?

Definitivamente, não sei. O que vai acontecer quando o fato se der é mistério total para mim. Mas decidi mergulhar nesse precipício, fechar essa história, e tocar a vida para frente." De tanto brincar com o fogo, que venha o fogo então", como diz aquele rapaz de poesia urbana e delicada.

A mim, só resta - além de coragem - valer-me com mariabethâniavianatelesveloso nessa hora. E tenho certeza que ela me protegerá "do mal, do medo e das chuvas".

Que assim seja.

3 comentários:

  1. Anônimo disse...

    me leva junto?
    ;-)

    21 de fevereiro de 2008 às 16:29  

  2. Anônimo disse...

    Vai ser inesquecível. Pode ter certeza.

    22 de fevereiro de 2008 às 05:31  

  3. margot disse...

    Baby:
    Vai ser lindo, você sabe. Tudo lindo. E você vai voltar e morrer de fazer inveja a gente, sem medo nenhum!

    22 de fevereiro de 2008 às 06:53  

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